"Caminho certo para seu crescimento pessoal e profissional"

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É impossível dizer alguém que caminho seguir. Somente você, com tranquilidade e humildade, pode ouvir a pequena voz dentro de você. Aquela "vozinha" sussurra um sonho...o seu sonho. Sucesso e felicidade não são metas distantes de serem capturadas e mantidas. Acontecem enquanto você está se realizando.

(do livro Ah, se eu soubesse... Richard Edler)

 

 

 

  O jeitinho brasileiro é positivo!

                                           Prof. Nelson Lambert de Andrade  

 

Já estava pensando nesse tema o para nosso jornal, por dizer respeito à crença de que o jeitinho é negativo. Logo,  quando li uma reportagem dizendo sobre o movimento de entregas de declarações de imposto de renda, imediatamente, liguei fatos relacionados à proposta de pensar nessa ideologia com o assunto da reportagem que é o velho jeito que o brasileiro tem de driblar as dificuldades, a capacidade de "levar vantagem em tudo", que gerou  o que ficou conhecido como a “Lei do Gerson”, a partir de uma propaganda de uma marca de cigarro.

Essa frase virou sinônimo do típico jeitinho brasileiro de querer sempre se dar bem, de driblar a dificuldade e superar as dificuldades do dia-a-dia. Pareceu-me que isso não é de todo negativo ou pejorativo, quando demonstra uma certa criatividade para superar os obstáculos, embora já tenha sido ideologicamente cunhado como negativo.

Para nossa reflexão inicial tomemos o texto da Folha de S. Paulo, 30 abr. 2006, do jornalista Marcos Cézari, que afirma:

                                    

Receita espera 1 mi de declarações atrasadas Além dos 22,01 milhões de declarações do Imposto de Renda deste ano entregues no prazo -até sexta-feira, às 20h-, a Receita Federal ainda espera receber cerca de 1 milhão delas com atraso até fevereiro do ano que vem.Essa previsão, feita na sexta-feira pelo supervisor nacional do IR, Joaquim Adir, toma por base o 1,078 milhão de contribuintes que entregaram as declarações de 2005 com atraso, entre maio do ano passado e fevereiro deste ano.
Esse universo de 1 milhão de contribuintes representa pouco mais de 4,5% dos 22 milhões que entregaram no prazo.Os retardatários vão engordar um pouco mais os cofres da Receita. É que quem entregar a partir das 8h da próxima terça-feira, dia 2 de maio, quando o sistema de recepção da Receita volta a funcionar, terá de arcar com a multa mínima de R$ 165,74.Assim, a Receita receberá R$ 165,74 milhões, no mínimo. Esse valor poderá ser maior, uma vez que a multa é de 1% ao mês sobre o imposto devido, ainda que já pago. A multa máxima é de 20% do imposto a pagar, no exercício.

 

Como se observa pela notícia do Jornalista, apenas cerca de 4,5  % deixaram de fazer a declaração do imposto de renda no prazo previsto, isto é, 28 de abril; não obstante, boa parte tenha deixado para os últimos dias.

Dentre esses quase um milhão de contribuintes que, aparentemente, deixaram de cumprir o prazo, certamente, incluímos os enfermos, os em viagem ao exterior, os que tiveram salários/rendimentos achatados, ficando isentos e até os falecidos durante o ano base de 2005,  o que parece significar que o brasileiro está abandonando aquela característica de dar um jeitinho em tudo, procrastinando e contemporizando suas obrigações, não lhes dando solução.

           A revista VOCE SA, nov. 2002, numero 53, em uma de suas reportagens, diz que o  jeitinho brasileiro  não tem nada a ver com a lei de Gérson, mas com a capacidade de adaptação que os profissionais brasileiros têm para dar e vender.

           Essa é a conclusão de um estudo do professor Roberto Coda, da FEA/USP que pesquisou durante três anos, 4 500 profissionais de vendas  em todo o país, em que responderam a questionários sobre suas reações diante de situações do dia-a-dia. Um expressivo número.

          Cerca de 2 000 deles perceberam que a flexibilidade e a capacidade de negociação são características individuais que auxiliam nas vendas. Esse comportamento também pode ser observado em outras áreas da empresa, marcantes pela aversão à leitura e à normalização dos procedimentos preconizados nos manuais, preferindo a sua criatividade bastante exaltada pelos gestores, que aqui chegavam no século passado.

Apesar de entender haver uma tênue linha entre o uso da criatividade e a adoção do método preconizado no jeitinho brasileiro, em seus aspectos negativos, às vezes, temos a tendência de dar razão ao sonegador de impostos. Por exemplo , colocando-os como vítimas de um governo, que não devolve em serviços ao contribuinte o devido valor pago em impostos e taxas.

Daí reclamamos muito da alta carga tributária que pagamos ao governo, justificando assim a sonegação exatamente por isso. Por outro lado, certamente se não houvesse a sonegação poderíamos, quem sabe, pagar menos tributos.

Logo, essa aversão aos cumprimentos de normas e leis, passou a ser considerada como uma vantagem competitiva do trabalhador brasileiro.

O fundamento teórico do estudo de Coda, segundo o veículo citado, “é o trabalho do psicólogo alemão Erich Fromm (1900-1980), que definiu quatro características de personalidade: acumuladora, exploradora, mercantil e receptiva. Com exceção da última, Coda mudou a nomenclatura de Fromm e adaptou os princípios de sua teoria ao universo do trabalho”.

O método, batizado de Diagnóstico M.A.R.E de Orientações Motivacionais, mapeou quatro estilos de trabalhador: “mediador, analítico, receptivo e empreendedor”, que dão origem à sigla, que não cabe aqui descrever para  o perfil dos profissionais de vendas.

            Finalizando, gostaria de fazer uma pergunta ao prezado leitor que lê, avaliando este texto: será que você sabe o que é o jeitinho brasileiro? Por favor, dê sua resposta para o e-mail n.lambert@tcnet.com.br e eu he ficarei  grato, lembrando que “sobre o mesmo fato há mais de um ponto de vista

 

 

   Nelson Lambert

   Professor Universitário e Consultor de Empresas

   n.lambert@uol.com.br 

 

“A educação é um processo de vida e não uma preparação para a vida futura. E a escola deve representar a vida presente" (Jonhn Dewey, 1897)

 

 

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