"Caminho certo para seu crescimento pessoal e profissional"

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É impossível dizer alguém que caminho seguir. Somente você, com tranquilidade e humildade, pode ouvir a pequena voz dentro de você. Aquela "vozinha" sussurra um sonho...o seu sonho. Sucesso e felicidade não são metas distantes de serem capturadas e mantidas. Acontecem enquanto você está se realizando.

(do livro Ah, se eu soubesse... Richard Edler)

 

 

 

A RELAÇÃO PROFESSOR – ALUNO

 Qual é a sua concepção de "bom Professor"? Porquê?

O comportamento do professor é um todo e depende da cosmovisão que ele possui, ou seja, da sua forma de conceber mundo, o ser humano e a educação. É inegável que a forma de ser e agir do homem revela um compromisso. E é esta forma de ser que demonstra mais uma vez a neutralidade do ato pedagógico.

 

Quais os limites da idéia da relação professor-aluno?

 

Palavra de alunos:   “escolho este professor como o melhor pela forma com que nos faz pensar, colocando o conteúdo teórico não como verdade acabada, mas “questionando-o”.

-“o que me agrada no professor x é que ele está sempre a responder as nossas dúvidas, ele até estimula a gente a ter dúvidas...”.

-“o professor x é o melhor porque ele transmite para a gente o gosto que ele tem pela Matemática. Ele nos mostra o prazer de aprender...”.

 

A relação professsor-aluno passa pelo trato do conteúdo de ensino, pela metodologia (torna as aulas agradáveis, estimula a participação”) e pela concepção de ensino e aprendizagem.

O aluno não valoriza o professor “bonzinho”, mas sim o exigente que cobra a participação e tarefas.

O comportamento do professor manifesta uma postura política. Mas este não é percebido pelos alunos.

 

A expectativa e a ideologia 

 

A escola como instituição social determina aos seus próprios integrantes os comportamentos que deles se espera. Por ser uma instituição social, ela é determinada pelo conjunto de expectativas que a sociedade faz sobre ela. Este fluxo é que reproduz a ideologia dominante.

Os papéis escolares estão definidos ideologicamente também na sociedade, identificados com a classe dominante, passando pelas formas de produção e distribuição do conhecimento.

Analisar as relações que acontecem entre professor-aluno puramente no campo psicológico ou afetivo é, no mínimo, ingênuo. Elas acontecem no palco de uma sociedade e, portanto, são profundamente marcadas pelas contradições sociais.

 

Os professores vivem num ambiente complexo onde participam de muitas interações sociais todos os dias. São eles também frutos da realidade cotidiana das escolas e muitas vezes, são incapazes de fornecer uma visão crítica aos alunos, porque eles mesmos não a têm, porque se debatem no espaço de ajustar seu papel à realidade imediata da escola, perdendo a dimensão social mais ampla da sociedade.

 

Para LUCKMANN E BERGER “as instituições controlam a conduta estabelecendo padrões previamente definidos de conduta, que a canalizam em uma direção por oposição a muitas outras que seriam teoricamente possíveis (...) AS instituições têm sempre uma história, da qual são produtos e isto implica em controle”.  Assim a instituição interfere na expectativa, tanto dos professores como do aluno. Para esses autores, toda conduta institucionalizada envolve um certo número de papéis. Assim eles participam do caráter controlador da instituição.

 

Palavra de um professor: “ Na Universidade mudo meu comportamento em algumas coisas. Lá sou mais independente e os alunos são mais maduros. A escola de 2º grau tem ainda de preocupar-se com a formação de certos hábitos que requerem mais rigidez (...)”

Portanto, parece que ser professor e ser aluno extrapola a relação de ensinar-aprender os conteúdos de ensino. Mas envolve uma absorção de aprendizagem valorativa muito intensa. O importante é que haja consciência deste processo para que os protagonistas do processo pedagógico não sejam manipulados por idéias que nem sempre gostariam de servir. O professor e o aluno não podem ser engolidos pelo ritual escolar. Precisam ser sujeitos conscientes, definidores deste ritual.

 

O professor nasceu numa época, num local, numa circunstância que interferem no seu modo de ser e de agir. Suas experiências e sua história são fatores determinantes do seu comportamento.(Ideologia)

A prática e os saberes que podem ser observados no professor é o resultado da apropriação que ele fez da prática e dos saberes histórico-sociais. Essa apropriação acontece de modos diferentes em função dos seus interesses, valores e crenças., demonstrado pelo diferenciamento existente entre o comportamento dos professores que seguem propostas pedagógicas distintas, refletindo e antecipando sua historia.

A questão principal está em compreender o que acontece com o professor que determina que ele assuma uma postura pedagógica.

 

Somente quando o professor se sentir sujeito da história, consciente de sua prática, capaz de estabelecer relações entre a sua e as demais condições sociais, é que poderá agir em direção à modificação das relações pedagógicas e sociais.

Não se pode analisar as relações que o professor estabelece com o aluno senão a partir de situações concretas de sua história e de sua vida.

 

 

Texto organizado pela Neide Pena Cária

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