Chef Marc Gonzales se inspira em frutas exóticas brasileiras e cria inusitadas Buches de Noel, os famosos "troncos" natalinos

 

Uma bûche de Noel, o famoso pão-de-ló em formato de tronco de árvore que é a mais tradicional receita natalina francesa, mas com recheio de frutas exóticas brasileiras, como bacuri e cupuaçu, vai ser o destaque especial do chef pâtissier francês Marc Gonzalez para a La Pâtisserie Café e Delícias , a fina confeitaria do hotel Golden Tulip Paulista Plaza, neste Natal. Em  sua versão original, a bûche de Noel é recheada com  creme de marron glacê e coberta com ganache de chocolate em sulcos que imitam a casca de uma árvore. "Hoje as receitas de bûche de Noel variam muito e resolvi tropicalizar o recheio com as frutas brasileiras que são muito saborosas", diz o chef.  As bûches servem em média de 6 a 8 pessoas, ao custo de R$ 55,00 .

A La Patisserie, inspirada nas melhores confeitarias e padarias parisienses, oferece farto elenco de croissants e brioches, além de uma seleta coleção de doces, tortas, éclairs, mil folhas, carolinas e viennoiserie, em geral que estarão disponíveis também durante o Natal e o Ano Novo. Entre as tortas que podem ser solicitadas em mono porção ou encomendadas em porções maiores, para até 12 pessoas, há iguarias imperdíveis criadas por Marc Gonzalez, como as tartelettes de frutas tropicais, a linha de doces à base de chocolate -dstaque para o Opera (chocolate com café), Scandale (chocolate e "nociolla") e o Cornet de Nougatine com ganache, além da Tarte Tatin e da torta Charlotte (biscuit de Paris, recheada com mousse de chocolate e frutas). Um dos destaques de La Patisserie é a linha de macarons à base de frutas brasileiras

HISTÓRIA DA BÛCHE DE NOEL

 

A origem da mais famosa e deliciosa receita de natal da França  remonta ao tempo dos celtas e às suas celebrações do solstício de inverno. Neste dia, o mais curto do ano, os celtas procuravam um grande tronco de carvalho e o queimavam. O fogo era o símbolo do renascimento do sol assim como era oferecido em agradecimento à volta do sol à terra. Esta tradição pagã não acabou com  a chegada do cristianismo e ganhou versões até mais elaboradas durante a Idade Média. O tronco era enfeitado e carregado pelo mais velho e o mais jovem membro de cada família até um local especial onde era queimado durante toda a noite.

 

As cinzas, recolhidas no dia seguinte, eram guardadas durante todo o ano e, diziam,  tinham poderes  de cura e protegia a casa das tormentas e dos malefícios do diabo.  Com o tempo, a luz elétrica e a dificuldade de se encontrar grandes troncos de carvalho, a tradição praticamente desapareceu. O tronco de carvalho foi substituído por uma pequena tora arrumada com folhas verdes e velas pequeninas, servindo como decoração das mesas  Natal.  Ocasionalmente este tronco se transformou no bûche de noel. A primeira descrição de uma bûche de Noel é de 1879 e os confeiteiros de  Paris e de Lyon brigam por sua autoria.

 

La Patisserie - Alameda Santos, 85 / Tel.: 3177.0968 ou 3177.0400, ramal 968

 

 

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